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Cidades do RS registram fila de espera por leitos de UTI; 'Caos total', diz presidente de hospital

Em Santa Maria, duas pessoas morreram aguardando transferĂȘncia para hospitais nesta terça (8). Secretaria Estadual da SaĂșde explica que remoções dependem de fatores como estado do paciente e distância do hospital.

Por REDAÇÃO em 09/06/2021 às 05:49:04
Ambulância na entrada da UPA de Santa Maria Â- Foto: Reprodução/RBS TV

Ambulância na entrada da UPA de Santa Maria ïżœ- Foto: Reprodução/RBS TV

Com ocupação de 87% nos leitos de terapia intensiva (UTIs), muitos centros de saúde do Rio Grande do Sul estão superlotados ou apresentam fila de espera para o atendimento de pacientes críticos.

Dois pacientes que aguardavam transferĂȘncia morreram, nesta terça-feira (8), em Santa Maria, na Região Central. Os óbitos foram na unidade de pronto atendimento (UPA) do município, que totaliza seis pessoas esperando vagas em hospitais. Até a segunda (7), a cidade jĂĄ registrava 10 mortes de pessoas na fila de espera.

Segundo a administradora da UPA, Manuela Trevisan, nenhuma das vítimas tinha Covid. Um paciente tinha tuberculose e outro, pneumonia.

"Muitas vezes, a condição clínica jĂĄ pré-existente do paciente acaba podendo ou não levar ao óbito. Não necessariamente por ainda não ter sido transferido. Mas a expectativa é grande que a gente consiga esse número mĂĄximo de pacientes [para transferĂȘncia]", disse.

A secretĂĄria estadual da Saúde lamentou os óbitos. De acordo com Arita Bergmann, muitas remoções não podem ser feitas em razão do estado de saúde do paciente.

"Em primeiro lugar, nós lamentamos os óbitos que tenham ocorrido. Mas essas pessoas estavam em atendimento, muitas vezes a questão da remoção não é só falta de vagas, tem outros fatores como as condições do paciente, para ir para fora da região, a indicação ou não dessa remoção", explicou.

Em Tenente Portela, na Região Noroeste do RS, o Hospital Santo Antônio atende 24 pessoas em um espaço cuja capacidade é para 15 pacientes. A presidente da unidade, Mirna Braucks, diz que o cenĂĄrio é de "caos total".

"Chegamos sim ao caos total no Hospital Santo Antônio. Não temos mais respiradores, não temos mais vagas, faltam médicos. Por favor, precisamos de ajuda. Estamos pedindo socorro", apelou.
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